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559 itens encontrados para ""

  • A libertação dos judeus no Ocidente (1776-1897)

    Nosso objetivo é tentar discernir, nos “destroços” do século XIX, as lógicas possíveis, propostas no âmbito dos meios judaicos de então, para engendrar novas agregações ou projetos. Para tanto, partimos do princípio de que os judeus estavam inseridos em um grande conflito ideológico fundador: por um lado, certas utopias ainda não totalmente definidas, mas que insistiam na crença em torno da igualdade humana, sua liberdade e novas perspectivas de autonomia; por outro, forças que ainda acreditavam serem neces- sárias formas de hierarquização e desigualdade para organizar a sociedade e disciplinar o ser humano. Leia o texto completo aqui.

  • Periodizações na Índia Antiga

    "A antiga história da Índia permite-nos consolidar, entretanto, o entendimento da relevância da revolução neolítica como marco central da história. Tal processo, pioneiramente tratado por Gordon Childe, promoveu uma mutação sem precedentes em centenas de milhares de anos de trajetória da humanidade, ao alterar profundamente a relação do ser com a natureza, em diferentes dimensões. Por exemplo, como propôs Leroi-Gourhan, atuando na transformação da percepção humana do espaço, anteriormente entendido, quando o ser humano era um caçador-coletor, sob uma lógica itinerante, para uma percepção de espaço enquanto lógica irradiante, centrado no povoado neolítico ou na posterior zona urbana, com uma conseqüente consolidação da artificialidade do universo humano." O texto completo pode ser lido aqui.

  • "Valores", na Academia Brasileira de Filosofia

    Edgard Leite fala sobre o significado e importância dos Valores, na sociedade contemporânea.

  • A Cautela de Espinosa

    Baruch Espinosa (1632 – 1677) foi um dos fundadores intelectuais do mundo contemporâneo. A sua produção foi pequena e sua vida curta. Mas suas ideias impressionaram vivamente tanto seus contemporâneos quanto os pósteros. Na sua obra está contida a defesa de um novo mundo que mostrava então apenas seus primeiros sinais, isto é, o mundo da democracia e da liberdade individual (Espinosa é o primeiro grande pensador a se denominar “democrata”). E por isso sua inquietante grandeza. #espinosa Leia o texto completo aqui.

  • Valores Cívicos

    Por Edgard Leite. As reformas, no século XVI, e as guerras religiosas, no século XVII, na Europa, tiveram consequências sérias na política posterior. Em certa medida foram elas responsáveis pela defesa, no século XVIII, do afastamento da religião do Estado. A busca da redenção da alma, fim religioso maior, tornara-se foco de tantas discussões e conflitos, que seria melhor o Estado deixar de assumi—la. O Estado deveria tornar-se isento, diante desse problema tão essencial para o ser humano: a melhoria da qualidade da sua vida espiritual, do estado da sua consciência. Bastaria que o Estado sustentasse o direito de cada um em buscar a salvação de sua alma como bem entendesse. Ler o artigo completo aqui.

  • A teologia judaica contemporânea

    "O estudo da história, assim, levou Claude Montefiore, da mesma maneira que Emil Hirsch, a evitar o delicado problema da natureza do fenômeno religioso no texto sagrado e a se dedicar a uma releitura histórica da doutrina do judaísmo. Reconhecendo corretamente a fragilidade histórica do Pentateuco e a maior densidade dos textos proféticos ele se inclinou a estabelecer a ascendência dos profetas sobre Moisés". Ler o texto integral aqui

  • Índia, espelho de nossa vocação espiritual

    As sociedades ocidentais, nos últimos séculos, passam por um período de secularização do pensamento, de atitudes e de expectativas. Alguns efeitos desse movimento são conhecidos. Por exemplo, o afastamento crescente do sentimento de necessidade de justificação espiritual. A incapacidade de compreender o valor e o significado dos nossos textos sagrados. O distanciamento dos elementos subjetivos que moldam a existência. O desprezo solene pela sabedoria que advém da tradição. O estranhamento diante da ideia de Deus. A nossa crescente indigência espiritual e existencial está ligada a esse vazio de sentidos maiores, eternos. Tal vazio não pode ser preenchido por nada neste mundo - o qual, sendo absolutamente transitório, é incapaz de preencher algo de forma estável ou duradoura. Tal descolamento entre tempo e eternidade tem efeitos na forma como vemos a nós mesmos e o mundo. Grande parte do interesse que os habitantes secularizados da Europa e das Américas têm pela Índia está na persistência, naquela cultura, de elementos que, paradoxalmente, fazemos questão de combater em nossos próprios espaços. Ali podemos encontrar o império da justificação espiritual. A reverência aos textos sagrados. A percepção de que é a subjetividade do mundo o elemento delineador da objetividade. O respeito por aquilo que a tradição estabeleceu como moral e ético, bem e mal, certo e errado. A onipresença de Deus e do sagrado no mundo. Não é outra a razão pela qual a descoberta do Bhagavad Gita, pelo pensamento ocidental, tenha coincidido com a crise de nossas crenças metafísicas, cujo caminho foi consolidado pelo Iluminismo. Há na iniciativa dos fundadores da pioneira Asiatic Society de Bengala, em 1784, especialmente William Jones (1746–1794) e Charles Wilkins (1749-1836) (o autor da primeira tradução do Bhagavad Gita), essa necessidade de resgatar os elementos conceituais, simbólicos e espirituais, que sustentam a grandeza da civilização hindu. O envolvimento desses europeus no assunto não era meramente político, mas entranhado de um fascínio crescente e envolvente pela grandeza do espírito que estava presente naquela tradição. Fascínio advindo de um sentimento da insuficiência das nossas fontes religiosas e da precariedade política de nossas crenças. O que levou-os a admirar profundamente as narrativas clássicas hindus e seus conteúdos. Nos século XIX e XX, a pioneira recepção intelectual que o Ocidente deu à obra de Paramahansa Ramakrishna (1836-1866), e à do seu mais avançado discípulo, Swami Vivekananda (1863-1902), deixou patente que a secularização fez estragos significativos nas nossas próprias convicções espirituais, donde nosso ansioso fascínio por outras. A ideia de que na tradição hindu seria possível encontrar elementos não encontrados na tradição bíblica, emergia do insistente trabalho de desqualificação da nossa própria religião tradicional, pelo Estado secular. As confissões religiosas diversas, cristãs e judaicas, foram muito feridas por essa secularização estendida, que adentrou dentro da mídia e do sistema educacional público com intensidade, sustentada pelas conquistas científicas e suas ilusões. As principais destas, a de que a morte física seria vencida e a de que o sofrimento humano poderia ser superado através de uma vivência hedonista do mundo. A jornada mística de Ramakrishna pareceu, a muitos, uma experiência absolutamente singular, incapaz de ser alcançada nas tradições ocidentais, crescentemente racionalistas, críticas da sacralidade textual, seguidoras de um Deus mais temporal que transcendente. Que não parecia dar resposta às tragédias do materialismo. Alguém poderia apontar, em Santa Tereza de Jesus (1515-1582), ou, em nossa mesma época, São Pio (1887-1968), ou as nossas tradições de exercícios espirituais, ou, no judaísmo, as tradições ligadas à Merkavá, ou às Hekhalot, enigmáticos momentos de experiência do Absoluto. Mesmo em nosso mundo hedonista. Mas as fontes que conduziam à mística, no Ocidente, estavam sufocadas pela densa neblina de uma sociedade na qual, do ponto de vista jurídico e, depois, do ponto de vista existencial, a salvação da Alma tinha menor importância que a conquista de direitos e bens materiais. Assim não acontecia na Índia. Ali, a presença do divino parecia ser contínua. As pessoas não se curvavam às ilusões da democracia e da ciência, embora por ela, eventualmente, se movessem. Mas entendiam os hindus que o mundo material era ilusório, tudo que aqui se vivia era sopro de vento, e que a Verdade estava além desse mundo. O espírito era mais essencial que o universo visível. Tal visão da Índia expressava uma demanda oculta, proibida mesmo, algumas vezes, no quadro da sociedade e das instituições ocidentais: a da busca do Espírito, da superioridade do transcendente sobre o imanente, da vivência do divino. Num mundo ocidental de tantas proibições, no que diz respeito à Fé, crescentes nos últimos dois séculos, de tantas inconsistências morais, de tanta desqualificação das instituições religiosas, violentamente combatidas, a Índia representou um seguro e gratificante escoadouro para ansiedades espirituais reprimidas ou controladas. Ali, ao contrário daqui, a tradição ainda sustentava a moral. O Deus secularizado não existia: ele era presença espiritual contínua. O descrédito das instituições religiosas e de nossas crenças não era conhecido: os líderes religiosos orgulhavam-se de suas heranças. Sua mensagem, mesmo quando obscura, era sagrada. Os livros antigos eram a palavra de Deus, apenas - o que queria dizer tudo. A aproximação que fazemos à Índia não deixa de ser, portanto, uma aproximação às nossas próprias demandas, necessidades e espírito sufocados. A Índia é um espelho de nossa vocação espiritual oculta. Nela está presente aquilo que aqui é crescentemente proibido: a doçura que advêm da vivência do Espírito de Deus, do Absoluto, e da moral que dele emana, e que ilumina os passos de nossas condutas. Que nos coloca diante da Eternidade através do reconhecimento das ilusões do mundo. Assim, no fluxo continuo de ideias, reflexões e experiências espirituais que nos vêm da Índia, partilhamos o sentimento de pertencer a um universo no qual o visível é apenas uma parte superficial do existente. Reforçamos, portanto, em nós mesmos, a capacidade de perceber o encantamento do sagrado e o maravilhoso do divino. Como espelho, por fim, a Índia mostra a nós mesmos a nossa grandeza espiritual. A nossa capacidade de entendimento e percepção dos movimentos sutis pelos quais o ser pode se aproximar do invisível. Mas mostra ainda mais: o entendimento com que Charles Wilkins se aproxima do Bhagavad Gita não era inovação, nem reação ao proibido, mas fruto de uma tradição espiritual e intelectual gloriosa, que, mesmo proibida, ou negada, nos capacitou e capacita culturalmente para aproximarmo-nos dos outros buscando e reconhecendo, sempre, o Espírito. A Índia espelha nossas origens, tradições, heranças, e nos permite reencontrá-las, em outros da cultura, para além das falácias e críticas do Iluminismo. Pois nossa capacidade de nos encontrar no Gita é eco espelhado de Isaias 56:7, profundamente entranhado em nossa percepção do sagrado, mesmo que não o percebamos: “Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.” O encantamento pela Índia é caminho para o coração de uma tradição espiritual milenar, e também, simultaneamente, para nossas próprias fontes espirituais, também milenares, e igualmente profundas. Olhando a Índia, o fazemos de acordo com a natureza de nossas raízes. Evocamos o espírito messiânico e universalista das fontes bíblicas. Mesmo que a opressão, no nosso mundo presente (ou será que em todos os mundos, inclusive os passados?), não nos permita, com a amplitude necessária, tornar tal espírito força consciente e instância redentora. #india #espírito

  • Fílon de Alexandria

    "O Logos é assim um atributo necessário, criador deste mundo, emanação de Deus, mas que contém em si um elemento próprio do divino que está de alguma forma impresso na alma humana" #fílon #logos #filosofia #judaísmo O texto completo pode ser lido aqui.

  • Origens e sonhos do Judaísmo

    "Todos os mistérios apontam na direção da fraqueza: a mais essencial, a morte, a mais circunstancial, a continua fragilidade do homem diante de outro homem e diante do mundo" #judaísmo #sonhos #mística O texto integral pode ser lido aqui.

  • Jackson de Figueiredo e o problema da ordem moral

    A condição da sociedade brasileira, para Jackson, era fruto, como entendiam os modernistas, em grande parte, da “tendência sensualista” do país. Mas isso, para ele, não era positivo, nem desejável, porque implicava em um relaxamento moral e ético de dimensões históricas -e trágicas. Parecia-lhe um absurdo a total inversão de valores na sociedade brasileira. Em 1923, quando morreu Rui Barbosa, Jackson surpreendeu-se com a ausência de intelectuais no seu enterro, e observou que João do Rio, cronista mundano carioca e boêmio, um sensualista, morto em 1921, “teve enterro cem vezes mais sentido e concorrido. É melhor não pensar muito no Brasil, mesmo quando a gente a ele se dedica” #jacksondefigueiredo #filosofiamoral O texto completo pode ser lido aqui

  • Santo Inácio de Loyola: tradutor

    "Não há de fato nenhuma novidade na mensagem eterna que Deus transmite, nas visões dos profetas desde tempos antigos até a mística dos tempos mais recentes: toda a obra do homem no mundo deve reconhecer a grandeza do entendimento e da obra maior de Deus - e a ele se submeter. A realização do amor e de ações virtuosas deve ser o principal objetivo de toda verdadeira operação matemática e escopo de toda ciência humana." #santoináciodeloyola #jesuítas #companhiadejesus O texto completo pode ser lido aqui.

  • Antijesuitismo no Brasil

    "Os jesuítas desempenharam um papel central na montagem da sociedade colonial. Tinham uma missão moral e política e atuaram na defesa de alguma integridade das populações indígenas. Em grande parte em função dessa defesa, mas também por sustentarem uma política necessária de compromisso com valores coletivos, foram, desde os primeiros momentos, alvo de diferentes correntes econômicas e políticas que os entenderam como obstáculos ao desenvolvimento de uma sociedade mais competitiva ou, como assim entendiam, “livre”." O texto integral pode ser lido aqui.

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